7/13/2007



PALHAÇADA NO SENADO


Continuam as palhaçadas no Senado. Ontem, 12/7, os protagonistas foram Agripino Maia (candidato derrotado à presidência do Senado), Tasso Jereissati (gastou R$102 mil do Senado em jatinhos da TAM), Demóstenes Torres (o que levou a namorada para os EUA com grana do Senado), e Arthur Virgilio (que confundiu um jogo com a realidade e pagou um mico no plenário). Todos se retiraram do plenário em fila indiana, fazendo beiçinho porque o envio do pedido das perícias nos documentos de defesa do senador Renan foi adiado para terça-feira. Eles queriam que fosse ontem. Não queriam perder sequer um dia na tentativa de tomar a presidência do Senado. Saíram esbravejando: “Não vamos participar de mais nada”, garantiu o líder do DEM, José Agripino (RN), “Ele extrapolou todos os limites. Assim não dá. Renan provou que está interferindo no processo, Renan não tem condições de presidir o Senado”, comentou o presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE), “Chegamos ao limite, agora é resistência. Se preciso, vamos ao Supremo”, agitou Demóstenes Torres (GO), do DEM. Essa palhaçada me lembrou aqueles desentendimentos de crianças, quando uma criança não quer dar um brinquedo e as outras dizem que então vão embora, não brincam mais. Fico imaginando a cena é se o Renan renunciar: Agripino e Tasso correndo e se estapeando para ver quem senta primeiro na cadeira do presidente. E o Noblat em pé, esperando, querendo uma assessoria, afinal ele não deixou de falar mal de Renan um dia sequer em seu blog: pediu renúncia, fez editorial. E nisso chega o dono da Veja e diz que ele é quem escolhe quem senta na cadeira da presidência do Senado, pois sem as mentiras que publicou a cadeira não ficaria vaga. Embola o meio de campo, tapa para todo lado, vão disputar quem é que pode prejudicar mais o governo Lula. Com muita calma, lucidez e conhecimento de causa, Renan disse "Se quiserem a minha cadeira, e se esse desejo for um desejo político, ocasional, oportunista, circunstancial, vão ter que sujar as mãos, vão ter que dizer ao Brasil e ao mundo por que é que estão tirando o presidente do Senado Federal da sua cadeira". Quando eles falaram que iam embora, desejei na hora: vão e não voltem! Mas era só uma saída momentânea, jogo de cena, eles voltaram e estão agarrados na esperança de puxar o tapetão. Não foi no voto, então vai no golpe.
Jussara Seixas