10/10/2006


ALCKMIN NÃO É UM RISCO, É UMA BOMBA
Muitos me perguntam o porquê de meu empenho em reeleger Lula. Uns dizem que eu ganho um salário para isso, outros falam que sou funcionária do PT ou do governo, ou que sou funcionária publica. Nenhuma das suspeitas dos leitores que me escrevem procede. Não recebo salário para defender o presidente Lula, não sou funcionária do PT (ainda não sou nem filiada), não trabalho para o governo, não sou e nunca fui funcionária pública. Sou uma cidadã brasileira, consciente de que o presidente Lula provou nesses 4 anos de governo que é o melhor para o Brasil. Também sou consciente do perigo que nos espreita em um eventual governo Alckmin. Muitos podem achar que eu estou o usando o método PSDB/PFL de terrorismo eleitoral, como já foi feito contra o presidente Lula em 2002, mas isso também não é verdadeiro. O risco Alckmin para o país é verdadeiro, vai muito além do desemprego, da desestabilização econômica, do fim dos programas sociais do governo Lula, tão combatidos pelo PSDB/PFL – que serão governo se Alckmin, por uma imensa desgraça, for eleito. Além de tudo isso, o risco Alckmin inclui transformar o Brasil no quintal do EUA, vamos ser de novo um povo submisso aos mandos e desmandos dos EUA. Só faremos acordos de exportação e importação se os EUA deixarem, graças à ALCA. Para agradar aos EUA, o governo brasileiro poderá mandar nossos soldados para fazer parte das forças aliadas dos EUA no Iraque, por exemplo, e tenham certeza que não será em missão de paz. Outra medida de um governo Alckmin poderá ser deflagrar um conflito com a Bolívia, e uma guerra, como já ficou demonstrada em toda a história da humanidade, a gente sabe como começa e não como termina. Uma situação como essa, do gás da Bolívia, pode e deve ser tratada como está sendo feito, com diplomacia, com negociações, sem mortes de inocentes, sem destruição. Quando Alckmin diz que o governo Lula foi "fraco com a Bolívia", é isso que ele está sugerindo. Outro perigo de um governo Alckmin é a divisão do país entre ricos e pobres, entre o Sul e o Nordeste. Infelizmente, a corda sempre arrebentará do lado dos mais fracos, dos mais pobres e dos mais humildes, e esse povo iria comer o pão que o diabo amassou. Podem esquecer a Transnordestina, os investimento no Nordeste para gerar emprego e renda, a Transposição do Rio São Francisco, a energia elétrica nos grotões, a construções de cisternas, a ajuda financeira e crédito para pequenos produtores, para cooperativas. Com Alckmin todos esses planos do governo Lula e as ações já existentes vão desaparecer. Ele vai alegar que não tem dinheiro, os seus aliados do PSDB/PFL vão dar o aval, e o povo vai amargar tempos muito piores do que amargou com FHC. Há o risco de haver uma reação sangrenta por parte do povo, pois eles sabem agora, com o governo Lula, que suas vidas podem ser muito melhores, podem ser dignas, e não aceitar pacificamente retornarem à condição de escravos das classes abastadas do sul maravilha. Os sinais de que um governo Alckmin será autoritário, injusto, entreguista, podem ser notados quando se olha para o que foi feito em SP, para seus aliados, para o que foi o governo de FHC. Alckmin, como FHC, privatizou o que pôde em SP, e só não fez tantas privatizações como desejava porque houve reação contrária dos funcionários, do povo e dos políticos do PT contrários às privatizações escusas do patrimônio público, que causam prejuízo ao povo e desemprego. Não pensem que a classe média será poupada, pois as mudanças econômicas serão devastadoras. Ocorrerão sucessivos aumentos nos preços de alimentos, dos combustíveis, dos aluguéis, o dólar vai disparar. Serão favorecidos somente os membros da elite, com capital e informações privilegiadas para investir. Alckmin não respeita os Direitos Humanos, e a prova disso são as prisões em SP e as FEBEMs, verdadeiros depósitos de gente superlotados, onde são freqüentes as torturas, as mortes sem explicação e, em conseqüência disso, as rebeliões, as fugas, o aumento da criminalidade da violência. Defendo o presidente Lula porque ele defende o meu país, porque ele transformou o Brasil em um país de todos, soberano, com justiça social e paz. Há muito ainda a ser feito no Brasil, há muito a ser conquistado para todos, não podemos permitir que o retrocesso – um governo do PSDB/PFL – interrompa esse ciclo de avanços, de crescimento sustentável, de respeito pelo meio ambiente, de respeito por todo o povo brasileiro. Amo o meu país, o Brasil, amo os meus filhos e quero o melhor para eles, quero o melhor para os filhos de todos os brasileiros, quero o melhor para todos. Por isso é Lula de novo com a força do povo.

Jussara Seixas


10/09/2006


ALCKMIN E CLODOVIL, TUDO A VER
Assisti ao debate, ontem, na esperança de que Alckmin apresentasse o seu programa de governo. Mesmo tendo consciência de que Alckmin é um embuste, eu pensei que nesse 2º turno, para tentar ganhar a eleição, ele apresentasse suas propostas de governo. Talvez ele pudesse mostrar algo de novo, surpreendente, para melhorar a vida das pessoas e a economia do país. Ele não apresentou coisa alguma, mostrou que continua incompetente, que não entende nada de economia, de crescimento sustentável, de educação, de segurança. Alckmin não traz nada de bom para o país. Alckmin lembrou o Clodovil, recém - eleito deputado federal por SP, que admitiu (em reportagem publicada pelo jornal argentino "Perfil") aceitar dinheiro para votar a favor do governo quando estiver no Congresso. Clodovil já havia dito que não tinha nenhum programa político para o seu mandato, e afirmou:"Vou aprender com os políticos com experiência, mas não me ensinarão a roubar porque eu, por pouco, não vou me sujar. Tudo dependerá de quanto me ofereçam para votar os projetos do governo". Questionado sobre qual seria o valor em dinheiro necessário para isso, respondeu: "Cada um pesa o dinheiro em sua própria balança. Eu não resolverei os problemas de ninguém. Aqueles que votaram em mim acreditando que eu iria solucionar os seus problemas se enganaram, isso é uma bobagem digna de quem foi mal colonizado". Essa matéria está na Folha de São Paulo, hoje. Alckmin também vai aprender com FHC como se privatiza o Brasil a preço de banana, sem explicar para o povo o que fez com o dinheiro das privatizações. Até hoje não se sabe o que foi feito com esse dinheiro, porque em beneficio do povo e do país esse dinheiro não foi usado. Tanto que FHC entregou o país falido para o presidente Lula. Com 54 milhões de miseráveis, com desemprego recorde. Alckmin lembra o Collor, que em seu programa eleitoral afirmou que não mexeria na poupança do povo, e o fez imediatamente após ter sido eleito. Alckmin mente quando diz que não vai acabar com o Bolsa Família, com o PROUNI, com o crédito consignado, porque ele e o seu partido, o PSDB (e o PFL) sempre foram contra esses programas do governo Lula, que beneficiam milhões de pessoas. Alckmin terá como ministros pessoas do PSDB/PFL. Alckmin não diz quem será seu ministro da Fazenda, ele não pode dizer que será FHC, ou Malan, que afundaram o país, pois sabe que, com isso, seus votos vão todos para Lula. Além de Alckmin mostrar que é incompetente, que não tem nada para oferecer ao Brasil, ele cercou-se de pessoas do mesmo tipo. Pessoas que já estiveram no poder e não fizeram nada de bom para o país e para o povo brasileiro. Por que Arthur Virgilio 3%, que foi veementemente recusado em seu estado, na eleição para governador, agride tanto o presidente Lula? Porque ele sabe que seria ministro de Alckmin se este, por uma grande desgraça, fosse eleito. É o mesmo caso de ACM, que também foi derrotado na Bahia, de Bornhausen, que – sabendo que não se elegeria mais – nem concorreu às eleições, mas teria seu cargo do ministro garantido com Alckmin. Antero é outro ministeriável, e para encerrar com chave de ouro, Garotinho. É óbvio que Garotinho não vai se empenhar em eleger Alckmin, se não obtiver em troca um ministério. Com essa patota, como Alckmin quer que o Brasil cresça? Com essa patota, como Alckmin quer que o país tenha credibilidade dos investidores estrangeiros? É com essa patota que Alckmin pensa em geração de empregos e renda? É com essa patota que ele pensa em diminuir a miséria e fome? A mesma patota responsável pelo maior desemprego que o país já experimentou, no governo de FHC. Prestem atenção no caso segurança em SP, prestem atenção no que ocorreu: o PCC cresceu e se fortaleceu em SP no governo Alckmin porque o governo paulista fez vista grossa ao crime organizado, não o combateu. Rebeliões e mais rebeliões ocorreram em SP no governo Alckmin, e a cada rebelião um acordo era firmado com os bandidos. Cada vez mais, os bandidos faziam exigências de regalias, de TVs, celulares, de transferências ou não. Os bandidos comandavam de dentro das prisões os ataques à população, os seqüestros, os assaltos. Houve o grande e violento ataque do PCC na capital e no interior de SP, em que policiais morreram, civis morreram, bens públicos e privados foram depredados, ônibus incendiados, e a população ficou em pânico. O governo de SP tem um secretário de Segurança Pública, Saulo de Abreu, que deveria ter recebidos ordens para evitar tudo isso, que deveria ter recebido ordens para ser firme no combate ao crime organizado, ao invés de fazer acordos com bandidos. E ele nem sequer foi demitido do cargo, apesar de todos os erros cometidos. Não foi demitido porque, se o fosse, não poderia ser ministro em um eventual governo Alckmin. Saulo de Abreu seria um futuro ministro de Alckmin para cuidar da segurança nacional. Isso é que é patota. Isso é o que está reservado para o Brasil em uma eventual gestão Alckmin. Ele não tem programa de governo, não tem projetos de governo, não tem equipe para apresentar – essa que existe a gente dispensa, já conhece e escorraçou nas urnas em 2002. Essa patota maldita não pode voltar, por isso é Lula de novo com a força do povo.
Jussara Seixas