2/21/2008

IMPRENSA HIPÓCRITA
Este Brasil abriu as portas para os povos das nações do mundo todo, sem distinção de raça, cor, credo, ideologia política. Aqui vivem em paz pessoas de todas as religiões do mundo: adeptos do candomblé, umbandistas, evangélicos, católicos, protestantes, judeus, budistas, espíritas etc. O povo brasileiro respeita todas as religiões, como tem de ser. Do contrário, estaríamos em constantes guerras santas. Mas há setores da sociedade que não pensam assim, que banalizam certas religiões, seus mentores e seguidores fiéis. A imprensa comprou essa briga com a igreja Universal, do bispo Edir Macedo. A igreja Universal reagiu, os fiéis reagiram, e estão processando a Folha de São Paulo e outros jornais por calúnia, difamação. Cabe a esses processados se defenderem na justiça, mas ao invés disso, estão falando em cerceamento da liberdade de imprensa. Todos devem ter liberdade, e não somente a imprensa. Ela não está acima do bem e do mal, e muito menos acima da verdade. A imprensa não pode se arvorar em juiz de um tribunal de exceção. Se ela acusa, o acusado tem o direito de defesa, isso está na Constituição. Toda vez que a imprensa comete excessos, comete erros, e isso é normal – é feita por seres humanos, gente boas e gente ruim, gente mal intencionada –, e é cobrada por isso, clama que estão cerceando a liberdade da imprensa. Não há nenhum cerceamento na liberdade imprensa, que simplesmente está sendo questionada na justiça sobre o que veiculou, sobre o que divulgou, por quem, por isso, tenha se sentido ofendido, caluniado, prejudicado. Cabe à imprensa se defender na justiça, provar que disse a verdade, que não agiu de má fé e nem está perseguindo nenhum religioso. Os jornalistas e donos dos jornalões estão clamando contra " atos intimidatórios desencadeados contra a Folha de S.Paulo e outros jornais pela Igreja Universal do Reino de Deus". É intimidatório entrar com processos na justiça? Desde quando é intimidatório, se a justiça vai ouvir ambas as partes, se elas terão direitos iguais de defesa? A imprensa é mestra em praticar terrorismo, fabricar crises, epidemias, apagões. Prejudicam o governo do presidente Lula mas prejudicam também a população, como ocorreu no caso da falsa epidemia da febre amarela: mais pessoas doentes por terem tomado a vacina em duplicidade, aterrorizadas pelas mídia, do que pessoas infectadas pela febre amarela. A imprensa quer cercear o direito de defesa do cidadão que se sinta por ela prejudicado. Como disse o presidente Lula, quem se sentir prejudicado tem o direito constitucional de se defender. Mas a imprensa acha que fazer jornalismo é estar acima das leis, e não quer ser questionada nos tribunais. São hipócritas, defendendo a liberdade de expressão como cortina de fumaça para encobrir seus interasses escusos.
Jussara Seixas