BANQUEIROS MILIONÁRIOS VÃO PAGAR MAIS IMPOSTO
A CPMF, o imposto de 0,38% sobre transações bancárias, estava rendendo ao governo 40 bilhões de reais. Dinheiro usado no custeio da saúde pública e nos programas sociais do governo Lula, que beneficiam dezenas de milhões de brasileiros. Pagava mais quem tinha mais, menos quem tinha menos, e quem não tinha nada não pagava. Tanto isso é realidade, é a mais pura verdade, que os detentores de grandes fortunas se empenharam em derrubar esse imposto. Estou me referindo aos grandes empresários de todos os ramos, especialmente aos industriais ligados à FIESP, que mantêm a seu serviço os donos dos maiores meios de comunicação – Globo, Abril, Estadão, Folha etc. – e os políticos da oposição PSDB/DEM. Além de ser um imposto justo, servia para combater a sonegação fiscal. É importante combater a sonegação fiscal: quando todos pagam, todos pagam menos, o governo arrecada mais e pode fazer muito mais para todos. Mais saneamento básico, mais e melhores rodovias, melhores aeroportos, mais e melhores hospitais, mais segurança, mais educação, mais médicos, mais professores, mais policiais, melhores salários, mais empregos. A oposição ficou inconformada, irada com isso. Afinal, era demais para eles assistir a esse espetáculo: melhorar a vida de todos, principalmente dos mais pobres, gerar mais empregos, melhorar o país em todos os aspectos, manter a economia sólida e sustentável sem privatizar nada, sem recorrer ao FMI, sem aumentar a divida externa. Não aprovaram a CPMF. Queriam que o governo não investisse no PAC, diminuísse os benefícios do Bolsa Família, diminuísse os investimentos, evitasse as contratações necessárias. Queriam assim prejudicar as pessoas, prejudicar o país, prejudicar a governabilidade, para Lula perder sua alta popularidade e não eleger seu sucessor, para que voltassem ao poder em 2010. O principal mentor dessa tramóia foi FHC do PSDB, conhecido também como príncipe das trevas. Acharam que tinham dado um golpe certeiro, que o governo Lula não iria reagir na defesa do povo e do país. Ontem o governo Lula anunciou medidas para repor parte dessa perda: decidiu reduzir as despesas de custeio e investimento dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) em R$ 20 bilhões, aumentou em 0,38% o percentual na alíquota de IOF e aumentou a alíquota da CSLL do setor financeiro, de 9% para 15%. Por setor financeiro entenda-se os bancos, o setor que está obtendo maior lucratividade. Foram mantidos os programas sociais e o PAC, que vai gerar muito mais emprego e renda, vai garantir a estabilidade econômica e a governabilidade. A oposição feroz e virulenta deu um tiro de canhão no pé ao não aprovar a CPMF: agora, se quiser gritar contra as medidas do governo Lula, terá que defender abertamente seus patrões: os banqueiros, os milionários.
Jussara Seixas