4/09/2007

LEGALIZAÇÃO SEM PLEBISCITO




O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, quer que seja feito um plebiscito sobre o tema. Ele é favor da legalização do aborto. Não acho que a legalização do aborto necessite de um plebiscito: legaliza-se o aborto, que passará a ser feito nos hospitais conveniados com SUS, pela mulher que assim desejar ou necessitar. Quem for contra o aborto não será prejudicado. Como não é hoje, pois milhares de abortos são feitos todos os dias clandestinamente, pondo em risco a vida de milhares de mulheres. A legalização do aborto é uma necessidade de saúde pública. A decisão de fazer um aborto é exclusiva, de foro íntimo, de cada mulher que o fizer: ela vai ao hospital de livre e espontânea vontade e diz ao médico que necessita interromper a gravidez. Ela não é obrigada a ir, ela não é obrigada a fazer o aborto se não desejar, a legalização do aborto não é uma lei que impõe o aborto à mulher. A legalização do aborto dará à mulher o direito de escolha, de ser mãe ou não, com dignidade, com respeito e, principalmente, preservando a saúde e a vida da mulher. O governo tem a obrigação de zelar pela saúde da população, de garantir que a população tenha direito ao acesso a todos os procedimentos médico-hospitalares. Não há necessidade de plebiscito para garantir saúde às mulheres. Saúde um dever do Estado, um direito de todos.
Jussara Seixas

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