2/16/2006

16/02/2006 - Redução de juros do BNDES chega a consumidor


A redução em 30% das taxas de juros dos empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) às empresas vai chegar ao consumidor. A garantia foi dada hoje (16) pelo presidente do banco, Guido Mantega, em entrevista para jornalistas de emissoras parceiras, transmitida ao vivo pelas emissoras da Radiobrás (Rádio Nacional AM de Brasília, Rádio Nacional AM do Rio de Janeiro e Rádio Nacional da Amazônia OC)."Quando você introduz uma inovação tecnológica, coloca uma nova máquina, vai ter um produto de melhor qualidade e a um custo menor. Estamos estimulando o aumento da produtividade, isso significa um custo menor. Hoje, vivemos num mundo globalizado em que há uma grande competição. Então, não adianta colocar um produto mais caro. Você tem que colocar um produto melhor e mais barato, senão é engolido pelo seu adversário. Com isso, o consumidor brasileiro vai ser beneficiado", disse.Na última terça-feira (14), ao anunciar a redução das taxas de juros, Mantega afirmou que os maiores cortes seriam em projetos nas áreas de inovação tecnológica, em que os empresários pagarão 6% ao ano pelo empréstimo – somando taxas e juros. O valor é praticamente a metade dos 11,5% cobrados atualmente. "Estamos realizando uma redução geral das nossas taxas de juros. Isso vai baratear o custo para os empreendimentos, investidores, portanto, aumentar o nível de lucratividade e estimular uma produção maior", afirmou.
R$ 60 bilhões
Mantega afirmou que a instituição tem R$ 60 bilhões disponíveis para investir em projetos este ano. Ele lembrou que, em 2005, foram financiados mais de 130 mil projetos, envolvendo R$ 47 bilhões e afirmou que espera um número maior de projetos este ano.
"O BNDES não tem dificuldade de recursos. Temos R$ 50 bilhões, R$ 60 bilhões disponíveis para os empreendedores que queiram utilizar este crédito", afirmou.
No início do mês, decreto presidencial publicado no Diário Oficial liberou R$ 300 milhões para financiar empresas interessadas em vender equipamentos populares, prevista no programa Computador para Todos, do governo federal. Os recursos estão disponíveis no BNDES. De acordo com Mantega, essa é uma linha em que os recursos serão oferecidos de acordo com a procura.
"Vamos aumentando o volume de recursos à medida que houver demanda. R$ 100 milhões, R$ 200 milhões, não há limite, pode chegar a um bilhão sem maiores dificuldades", afirmou.
O objetivo é destinar recursos dessa linha à rede de varejo, de modo que possa financiar a compra de computadores populares, cujos preços não podem ultrapassar o R$ 1,4 mil. "Criamos uma linha de crédito muito barata, com taxa de juros muito baixa, que poderá viabilizar um financiamento, em até 36 meses, de um equipamento a ser adquirido até por uma família de baixa renda. As prestações são baixas, em torno de R$ 50, R$ 60 por mês", disse.
As informações são da Agência Brasil.

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