Pesquisa do Datafolha mostra Lula mais popular e mais forte na corrida presidencial
SÃO PAULO - Nova pesquisa do Datafolha mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recuperou a popularidade que mantinha antes do escândalo do "mensalão" e que voltou a emparelhar a disputa nas eleições deste ano. No cenário em que o candidato do PSDB é o prefeito José Serra, Lula ficou com 33% das intenções de voto, quatro pontos a mais do que em sondagem realizada em dezembro. Neste caso, há um empate técnico com o tucano, que caiu de 36% para 34% dos votos.Lula ainda perde na simulação de um eventual segundo turno, mas a diferença entre os dois candidatos também diminuiu - de 14 para 8 pontos. Serra ficou com 49%, contra 41% de Lula. Se o confronto for com o governador Geraldo Alckmin, único tucano a declarar até agora sua intenção de entrar na disputa, Lula vence com facilidade nos dois cenários. No primeiro turno, a diferença é de 16 pontos (36% a 20%) e no segundo, a 9 (48% a 39%).A melhora de Lula na corrida presidencial reflete o aumento da popularidade do governo. Depois de apresentar queda ao longo do ano passado, o desempenho de Lula foi avaliado como ótimo e bom por 36% dos entrevistas, contra 28% na sondagem de dezembro. Já os que consideraram sua gestão ruim ou péssima passaram de 29% para 23%. Pelos números do Datafolha, a popularidade do presidente voltou ao patamar de maio de 2005 (35%), antes de o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) denunciar um esquema de corrupção que envolveria o PT e integrantes do primeiro escalão do governo.Divulgada pelo jornal "Folha de S.Paulo" em sua edição que circulará neste domingo, a pesquisa foi feita nos dias 1o e 2 deste mês. O DataFolha ouviu 2.590 pessoas em 153 municípios de todos os estados do país. A margem de erro máxima é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.Segundo os pesquisadores, Lula deve sua recuperação ao apoio dos eleitores menos escolarizados e mais pobres. O crescimento das taxas de ótimo e bom atribuídas a seu governo se concentrou entre os que ganham até cinco salários mínimos (variação de nove pontos em relação a dezembro) e entre cinco e dez salários (oito pontos). Já entre os que têm renda superior a dez salários, a aprovação oscilou apenas um ponto, considerada estatisticamente desprezível.Da mesma forma, a avaliação melhora entre os menos instruídos. A gestão é boa ou ótima para 40% dos entrevistados que têm só até o ensino fundamental. Essa taxa cai para 27% quando se considera os eleitores com curso superior. Para efeito de comparação, em dezembro esses índices eram de 31% e 24%, respectivamente.
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