2/03/2006

03/02/2006 - Dieese mostra aumento do poder de compra do mínimo sobre cesta básica em São Paulo


O poder de compra do trabalhador paulistano que ganha salário mínimo cresceu em relação à cesta básica, comparando janeiro de 2006 com janeiro de 2005, mostra balanço divulgado hoje (2) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O levantamento toma por base os preços da cesta na cidade de São Paulo.De acordo com o Dieese, o percentual do salário mínimo líquido gasto para adquirir a cesta foi de 64,05% em janeiro passado e de 72% há um ano. Esse desempenho poderia ter sido ainda maior, em razão de dois fatores: em janeiro, a cesta básica pesquisada pelo Dieese em São Paulo teve elevação média de 2,65% em relação a janeiro de 2005; a capital paulista também registrou em janeiro a segunda cesta mais cara do país entre as 16 capitais pesquisadas, com valor de R$ 177,45. Nesses 12 meses corridos, segundo o Dieese, houve alta de preços em sete dos 13 produtos que compõem a cesta básica pesquisada na cidade de São Paulo: "batata (34,57%), café (19,53%), açúcar (16,26%), leite (4,31%), banana (2,78%), pão (2,54%) e manteiga (1,98%). Os outros seis ficaram mais baratos no período: óleo de soja (-16,06%), arroz (-6,99%), farinha de trigo (-5,71%), tomate (-4,65%), feijão (-3,62%) e carne (-0,68%)". Com o aumento do poder de aquisição do salário mínimo sobre a cesta básica, o número de horas trabalhadas necessárias para adquiri-la caiu de 146h16 para 130h08 em um ano. O Dieese não fornece as séries de variação de porcentagem do poder aquisitivo do salário mínimo sobre a cesta básica nas demais capitais e utiliza apenas São Paulo como referência.Mas há variações significativas a serem observadas nas diferentes capitais. No mesmo período, de 12 meses corridos, Belo Horizonte acumulou uma alta de preços da cesta básica de 12,25% e Natal uma queda de 6,87%.
Agência Brasil

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